terça-feira, 12 de janeiro de 2010
O desencanto do crepúsculo
Caí a tarde, com ela o findar
de um dia de rostos tristes
de um dia de corpos volúveis sem nada esperar.
Vivo como uma prostituta
vendida ao mundo por alguns trocados
e quando chega a noite
junto-me aos vermes
na sua inadiplicência divina
As folhas caíram com o entardecer
A noite é teu afã
O fado da morte
voltará para ti com rosto choroso
Saudades!
Sentimento firmado na terra caroável e absurda
dos que ficam
Sou invulnerável ao amor
Sou uma carteira seca no bolso
Sou marcas e feridas
deixados pelo tempo e o mundo.
Henrique Rodrigues Soares
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