quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

Palavras que valem mais que presentes


O novo pra muitos é algo que assusta, que ofende e que tende a ser rejeitado. Mas pra mim o novo é algo pra ser estudado, descoberto. Não para no final julgar, eu não sou esse tipo de pessoa. Só pra apenas... conhecer melhor. E foi essa curiosidade que não me fez sair correndo quando o senhor chegou na escola. Disseram pra mim que era pior que Hitler, mas com o passar do tempo vi que Hitler não se importaria tanto, não se esforçaria tanto, não nos ajudaria tanto. Acho até que é uma tarefa difícil encontrar um ser humano que carregue tanta bondade igual a ti.
Você foi uma grande surpresa e uma das melhores nesses 4 anos estudando no Maia Martins. Sinto muito por ter tido aula com você por apenas dois anos. Mas, mesmo que seja pouco tempo, eu aprendi muito. Como eu já disse algumas vezes, você não se reduz a simples matéria que dá aula. Nos faz pensar, nos questiona e nos faz questionar. E o mais interessantes de tudo: Nunca nos induziu a nada.
Sempre teve interesse nas nossas opiniões, nas nossas justificativas porém só falava a própria opinião quando alguém perguntava. Não vou mentir e dizer que era um professor que eu esperava ter, porque não era. Acredito que não foi só a mim que surpreendeu, de uma forma maravilhosa.
Sinto que hoje eu perco muito, tendo nossa última aula, porém não nosso último contato. Então, como sei que professor não tem muito tempo, vou dizer aquilo que falta: Muito obrigada.
Muito obrigada por ser ser humano, sabe? E não mais uma pessoa que faz o básico pra ser considerado cidadão. Muito obrigada por não ter obrigação nenhuma de ensinar, e ainda sim ensinar mais do que esperamos. Muito obrigada por respeitar, mesmo que em alguns momentos algumas pessoas não demonstrem respeito. Muito obrigada por falar as coisas certas nos momentos certos, mesmo sem perceber. Muito obrigada por existir, por ser essa pessoa e por ter feito a diferença não só na minha vida, mas na vida de muitos. Muito obrigada querido poeta, querido professor, querido amigo.


Vitória Vidal