domingo, 7 de março de 2010

Gigante de Mármore
















A solidão fria
adormece como o mármore
as luzinhas das casinhas, lá longe
tinam nos meus olhos
sinto necessidade de ficar sozinho
sinto necessidade de alguém que fique comigo
mas, me deixe sozinho


Olho para o outro lado
e vejo uma escuridão infinita
queria apalpá-la, mas não posso
queria nadar, voar e me compenetrar nela
mas não posso.
Então olho para mim
um pequeno ponto perdido
sem ninguém calado
sinto o coração se libertar
como quem quer paz
fugindo do meu corpo
saindo pela pele, pela boca.


Olho de volta para as luzinhas
elas continuam acesas, paradas
o meu corpo está tremulo
sinto me sozinho
sem horizontes e sem verdades
sozinho!
Eu e a noite fria
de mármore.


Henrique Rodrigues Soares

Um comentário:

Sonia Parmigiano disse...

Henrique,

É sempre um grande prazer o momento em que venho visitar o seu espaço e me ver em meio a lindos poemas!São todos tão belos, fortes e de um conteúdo comovente...sempre levo um comigo para compartilhar essas maravilhas em meus Blogs...

Esse poema Gigante de Mármore é divino!

Beijos e ótima semana!!

Reggina Moon

Parabéns!