domingo, 28 de março de 2010
Assalto
Ontem, vi um rosto que nunca mais quero ver
Ontem, vi um rosto que nunca mais lembrarei
Rosto imóvel... Corpo imóvel...
Uma bomba pulsante no peito, um coração na mão pronta a explodir
O coração da bomba pulsante que há dentro do peito do morto que ainda não morreu.
Vejo sinais de resistência
Vejo um corpo que não quer anoitecer
Vejo relógios, pulseiras,... se indo de tristeza
O menino apanha emprestado o que o mundo não o concedeu.
Henrique Rodrigues Soares
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