sexta-feira, 24 de setembro de 2010
Tempos Remotos
Quanta saudade tenho
da vida que não vivi
do amor que não amei
Quanta saudade tenho
do que não conheci e do que nunca terei
Do rosto de meu avô
restou à saudade das rugas que não apalpei
dos conselhos sábios, folclóricos
que nunca ouvi
da amizade que nunca tivemos
Oh! meus avós
que nem seus sorrisos conheci
Luiz Henrique, Juvenal
os cabelos grisalhos, o ar colossal
que imaginei...
não ficou nada...
apenas a sombra de suas existências
De minha avó
Avó na infância
na adolescência
nas ânsias e nas delinquências
Ainda sobrou aquela foto sem sorriso
séria, indiferente
aos meus erros.
Henrique Rodrigues Soares
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