terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Poema quase morto




















As necessidades de alguns
se resumem a um corpo
Os sonhos de alguns
se resumem a um copo
Meu refúgio são lágrimas
que meus olhos deitam
no tempo e no vento


Minha poesia confusa
não quer dizer nada
O meu verso é estrume
que fede e que apodrece
ao ficar exposto
Não misture com a terra
os seus sonhos
Na terra tudo é rápido
se nasce, cresce, brota
envelhece até fenecer


Instantes de vida
são perdidos
são assassinados
E a morte este ser suave
nos rodeia
nos apalpa
com sua pele.


Henrique Rodrigues Soares

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