terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Os Navegantes




















Quando meu corpo
encontrar teu corpo
numa noite dispersa
em que embebedo do teu perfume
Meu barco arrebentará
na volúpia do mar
que é teu corpo
Então afogarei nos teus olhos
e deixarei unir-me ao mar


Vejo gestos voluntários
de uma guerra ocupacional
Sentimentos ferozes
como tempestade
Avassala e destrói
Corpos ocupam o mesmo lugar
um ponto no universo


No quarto
um mar nunca dantes navegado
é descoberto
E os navegantes sobrevivem ao temporal


Os céus param de chorar
A tempestade bebe tranquilizantes
o vento dorme, acalma-se o mar
Dois corpos navegam
na calmaria de um quadrado.


Henrique Rodrigues Soares

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