sábado, 20 de fevereiro de 2010
A morte da poesia
A poesia em mim morreu
Não há tempo para a poesia
A poesia naufragou no mar da civilização
A obstenidade da dor engoliu-a em grandes pedaços
A poesia foi sufocada pelas ruas apertadas
os bolsos estão vazios
e os corações apertados
Lá na estante empoeirados
Jaz à poesia
Foi boa amiga para quem a leu
Foi uma companheira solidária
para aqueles que a conheceram
E para seu poeta
foi a mais sincera de todas amantes.
Henrique Rodrigues Soares
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