terça-feira, 8 de dezembro de 2009
Estado Terminal
Lembrança de vida imaculada
sem vícios, precisa
guardada na espera
do amor que não veio
Este meu coração submisso
esperou por teus olhos
por décadas de solidão
O mundo me deixou cair
em soluços e deserto
E me levantei como sol no inverno
apenas por obrigação
Aonde você está?
que não te vejo
Sinto agora o tempo perdido
com palavras suaves
Sinto a vaidade sagrada
que cultivei
Os casulos ranzizas
que morei
Me deixei
no cálice do esquecimento
que caiu
e se quebrou.
Henrique Rodrigues Soares
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