sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Prisioneiro Imunológico

























Posso sentir a morte em meus olhos
Meus olhos profundos
Que tudo vê e acha imundo
Mas, a morte não está em meus olhos
Está em todo meu corpo
em minha respiração vaga e indecisa
na minha alma escrava
do medo e da dor


Posso ver nuvens negras em minha cabeça
Negras como a noite
Noite louca, noite horrenda
Prisioneiro da loucura
tenho a morte no meu sangue
E a cada batimento cardíaco
centimetros meus vão morrendo
Minhas defesas não existem
Minha vontade não existe
Minha razão não existe
Meu amor, meu ódio e minha arrogância
não existe mais


Não existe vida
Não existe nada
Apenas um vácuo
Apenas um corpo.


Henrique Rodrigues Soares

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