sexta-feira, 27 de novembro de 2009
Cotidiano
Acendo meu fumo
para recompor meus pensamentos
Vivo do que sobrou
Um amor de culpados
Há tanto frio nas calçadas
Há tantas famílias bombardeadas
pelo sexo da rua, pelo divórcio,
pela etnia, pela fé.
Não pensarei nisso,
Estou ocupado!
Ocupado com o próximo capítulo da novela
Nela não há palestinos, nem judeus,
nem o IRA, nem protestantes.
Pra quê quero saber disso?
Nas novelas não há fome
Só há ricos que consomem
Nas novelas não há mendigos
Só nobres e príncipes.
Quero pensar na novela
Quero sonhar como novela
Quero viver como novela
Quero amar como novela
e morrer como novela.
Henrique Rodrigues Soares
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