sexta-feira, 20 de novembro de 2009
Meditações
Tua voz ecoa em meus neurônios
sinto o esvaziar do tempo
Montanhas nos cercam
tentando nos destruir
Te levo na minha proteção para as virgens nuvens brancas
A terra e o mar
se enfurecem
e disputam cada centímetro do planeta
E nós daqui olhamos
os dois meninos mimados
que se eternizam numa guerra ocupacional.
II
A madrugada é morta e solitária
e o teu seio estremece com o frio
que congela as esperanças
Meus anseios me perturbam
perturbam no desejado
Me prendo em metas
e me derramo em desculpas
Me constipei a chorar das dores tranquilas
Sou um bom masoquista.
Doces mentiras podem vir de um copo de vinho
mas a verdade engasga, e ás vezes mata
A mente deterioriza o próprio corpo
como um senhor maldito
que escraviza e judia seu mais fiel servo
A mente trama loucuras e o corpo padece.
III
Teus ideais brilham
com a aurora da vida
Mas com o chegar da noite
a morte crucifica teus sonhos
e rasga tuas roupas
e te deixa nu,
sozinho
O vento te agride
O tempo te envelhece
matando o que você conquistou.
Henrique Rodrigues Soares
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