sábado, 3 de outubro de 2009

O Escritor e seus Romances




















Ao escritor, o silêncio das palavras
é fúnebre, é triste,
e a máquina na mesa
congela ao frio do desuso


Calada
O iceberg quer o silêncio quebrado
Ela o instiga e o chama
criando um tumulto
Os personagens pulam, dançam e andam
no seu peito
Um terremoto, um maremoto,
um largo de chama que ferve e inflama
Querem criar vida própria
Querem a liberdade do seu criador


Então, elas gritam:
- Solte os grilhões que nos aprisiona
Nos liberte num livro
Deixa viver as páginas
qual nós pertencemos
Deixa-nos viver
para com o fim das estórias morrermos
E ressuscitaremos a cada leitura
de um leitor
que nos quer conhecer,
nos amar, nos odiar,
nos dar vida...


Henrique Rodrigues Soares

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