domingo, 11 de outubro de 2009

Desejos sensuais da Noite





















No acordar, no nascer da volúpia
ansioso pelo ópio do corpo
envolvente, transeunte, dominador
vejo me entregar


Se espero, é por momento mais sincero
por algo devolvido
em troca do proibido
que despercebido minha boca tocara


Os encantos, o cheiro do desejo
o crime que não se percebe
o mal que não se concebe
está dentro de nós


De pecados santos
encheu-se meu coração
as línguas numa guerra
de espaços
lutam e se abraçam em laços
de sangue, carne e ossos.


Henrique Rodrigues Soares

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