domingo, 31 de outubro de 2010

Prisioneiro da Solidão




















Sem chances sem palavras
Uma solidão branca devassa domina meu coração
Tudo anda em círculos
da obra prima a matéria bruta
tudo se compõe e decompõe em grãos


Os ditadores esquizofrênicos
os D. Juans amargos
os baús trancados
pelo passado sem chaves
nunca mais usados por ninguém


Os sonhos são ousados
mas a perdição é inconsciente
A vida um recipiente
onde alegria e tristeza disputam lugar


Amar é entregar
ao convívio das ilusões
Desejar é querer
domar o touro pelos chifres
O egoísmo transforma o coração
num oceano de solidão


Henrique Rodrigues Soares - A Natureza das Coisas

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