quinta-feira, 29 de julho de 2010
A Seiva do Direito
Travou-se mais uma luta
Não deixe o que não se deixa
Se derrame, com choro e com queixa
Pelo diamante da disputa
O teu direito é muda
que cresce, floresce até ser o Direito
Árvore grande de árduos preceitos
que não se cala, nem é surda
perante o grito estampido
da boca que se levanta
pela floresta que acampa
o direito adquirido
Só ficarei completamente satisfeito
quando o silêncio não se ouvir
diante da injustiça que vem consumir
todo ordenamento do Direito.
Henrique Rodrigues Soares - A Natureza das Coisas
Ao Rudolf von Ihering o Idealista do Direito
sexta-feira, 23 de julho de 2010
História do Brasil - parte 1
I
os filhos de Tupã e de Jaci
puro como as florestas. O guarani
colorido como as plumas de um colibri
despido da ambição dos inimigos
assustou-se com tanta ostentação e luxo
do forte, conquistador luso
que nas terras tupis avistou o uso
para enriquecer seus umbigos
destruiu a inocência e a religião
catequisando suas matas e seus corações
com seu deus que escraviza irmãos
mas o nativo com seu orgulho viril
não entregou-se ao domínio servil
do falso irmão branco hostil
II
lá vem às caravelas lusitanas
com toda cultura humana
que o mundo pode revelar
lá vem às cruzes católicas
com as correntes apócrifas
para salvar e conquistar
Trouxe sua língua, suas vestes,
suas armas e suas pestes
se autodeterminou o descobridor
se embrenharam pelo nordeste,
norte, sul e sudeste
o que pode usurpou...
Henrique Rodrigues Soares - O que é a Verdade?
terça-feira, 13 de julho de 2010
Mãe
Como falar do que é humanamente divino?
Como falar do que nos é tão substancial?
De ovozigoto a menino
este cordão umbilical.
Como falar do meu destino?
Fitalos num olhar maternal
Uma voz suave de ensino
que fala em mim tão natural
Ainda te amo como menino
num amor febril, sobrenatural
No teu colo meu ninho
para ver teu sorriso angelical
Como começo ou como termino
Neste teu calor sem igual
Serei sempre um pequenino
E tu um ser celestial.
Henrique Rodrigues Soares
A minha querida Mãe Geusa Rodrigues Soares.
segunda-feira, 12 de julho de 2010
O sentimento não pode parar...
Navegar foi preciso...
por mares estranhos e desconhecidos
Ser mais humilde do que o permitido
Dias e dias de agonia
até ver a alegria
de quem retorna a supremacia
Retornou ao teu lugar
O Gigante da Colina
Teu povo chora a festejar
beijando a camisa cruzmaltina
A tragédia de um ano
A glória de cem anos
Fazem parte da tua Memória
Milhões e milhões te alimentando
Com bandeiras e cantos
Estes sim! Tua História.
Henrique Rodrigues Soares
Aos milhões de vascaínos de todo Brasil.
História
Discussões e entendimentos
Dinastias e invasões
Conquistas e falecimentos
Heróis e convicções
Eras e cronologias
Quimeras e luta por poder
Traições e picardias
Honrarias ao que morrer
As datas, os marcos
O que me diz a memória
Sobre os fortes e os fracos
A leitura da História.
Henrique Rodrigues Soares
quinta-feira, 8 de julho de 2010
Repente Sudestino
o que meu cérebro guarda
no seu obscuro mar
nem tudo me agrada
mas tudo vem me abraçar
o meu ímpeto como farda
me obriga a usar
a dor em cada
momento de amar
falo com a espada
entre meus dentes mordazes
não acredito em fadas
pastores ou padres
sou tudo que enfarta
pois guardo como ases
este mal que como facadas
no jogo são eficazes
sinto o mundo como nada
passar pelos meus olhos
nada neles ficam, nada
nada como espólio
II
meus versos são usuários
são flores num campanário
são amor de solitário
são do tempo um escapulário
tanta gente nesse mundão
cada um como ermitão
aprendendo solidão
no convívio da multidão
se nasce pra morrer
se vive pra nascer
nada tão puro pode acontecer
não há verdades para conhecer
tantos procuram amor e paixão
se queimam com poder do vulcão
que as larvas consomem ilusão
como a terra engole seu caixão
alguns vivem para o riso
se dizem libertos de compromissos
na realidade são apenas submissos
ao pecado da omissão.
Henrique Rodrigues Soares
domingo, 4 de julho de 2010
Casamento
Posso contemplar teus olhos
Posso descansar no teu colo
e sentir o vento... levar meus pensamentos
pelos os caminhos afora
Acredito na minha razão
teus lábios me fazem prisão
de mim mesmo
As horas para o coração
são um rio que jorra... água que foi...
que não volta... por isso não se deve perdê-las
Todo daqui a pouco parece um adeus
Todo beijo parece ser último
de um desejo contido
E este tempo encardido parece perdido de Deus
Mas te amo!!!
porque te amar não se explica... não se aplica...
Está no meu sangue
me doando vida
e um mar de sonhos e confiança.
Henrique Rodrigues Soares
quinta-feira, 1 de julho de 2010
Leve Desespero
com toda sua leveza
as horas passam
levam de mim o que não posso perder...
meu titulo de nobreza
são minhas mãos vazias
e meus sonhos
livros de prateleiras
nunca serão lidos.
meu sangue vermelho
minha tristeza oculta
nisto me assemelho
a um ser humano
nada posso te dar
pois nada tenho
do que esses versos sem recheio
do que meu corpo gordo e feio
as incertezas para muitos
são um caminho de aventura
as recebo com ternura
na minha sacola de viagem
das desculpas nos enchemos
degustando meus conflitos
cheio de detritos
pessoais
me perco com óbvio
me canso no ócio
das perguntas sem respostas
nisto que me oponho
consumindo meus neurônios
... faço um rascunho
que são apenas rabiscos
que não dizem nada.
Henrique Rodrigues Soares
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