O Amor e suas facetas ao longo do tempo.
Dentro do estilo "nouveau roman" carregado de um erotismo poético que enlaça qualquer dos leitores. O livro é magro de páginas para aqueles que tem dificuldades com estórias longas, mas tem uma densidade longa para imaginação daqueles que acharão raso.
A autora usa linguagem clara e autobiográfica, com momentos
que você viaja do presente ao passado e do passado para o presente sem perder
os fatos e, os sentimentos confusos de um período conflitante na vida de uma
adolescente que se entrega a prostituição infantil e descobre o prazer com um
chinês.
A neste caso consentimento da família pelo amante chinês ser
rico e alimentar a falta de esperanças desta família que vive de trapos, mas
com uma mentalidade de que ainda podem entre aspas tirar algum proveito disso antes que tudo isso acabe, porque isso tem que acabar, porque nem eles se enganam
com seu teatro.
Vivem num mundo que é uma vergonha uma adolescente se
prostituir principalmente com um chinês, o grande tabu para os dois lados, que também não pode assumir este amor
com medo de perder toda sua herança, já que também no meio da sua sociedade não
é bem visto este relacionamento.
Uma família sem horizontes que vive preso entre o sentimento
de ódio e desprezo que um tem pelo outro.
No final temos o ápice do romance é a destruição dos amantes
quando está chegando o momento de despedida para os bem dos dois, lembra muito
uma poesia de Drummond que fala como o Amor é cruel na cabeças de amantes.
Muito bom o livro, vale a leitura.
Henrique Rodrigues Soares - Imagem do Filme Homônimo do Livro.
Resenha do Livro "O Amante" de Marguerite Duras.
Editora Nova Fronteira - Tradução: Aulyde Soares Rodrigues - Literatura Francesa
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