terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Paternidade

















Ser pai!
Não é ser perfeito
Não controla causas e efeitos


Ser pai!
E esquecer os predicados
Trabalhando no sujeito


É amor preocupado
Por quem está sendo feito
Se dedicando ao parto
E amamentar sem o peito


Amar sem restrições
Abraçar sem jeito
Amar contas e obrigações
Olhar suave os defeitos


Amei um, amarei dois
Ontem, hoje e depois
Me dividindo e multiplicando
Um caminha, a outra gestando.


Henrique Rodrigues Soares - Horas de Silêncio
Julho 2013

Fotomontagem de Neida Moura Soares

sábado, 18 de janeiro de 2014

O Amante - Marguerite Duras
























O Amor e suas facetas ao longo do tempo.

Dentro do estilo "nouveau roman" carregado de um erotismo poético que enlaça qualquer dos leitores.  O livro é magro de páginas para aqueles que tem dificuldades com estórias longas, mas tem uma densidade longa para imaginação daqueles que acharão raso.
A autora usa linguagem clara e autobiográfica, com momentos que você viaja do presente ao passado e do passado para o presente sem perder os fatos e, os sentimentos confusos de um período conflitante na vida de uma adolescente que se entrega a prostituição infantil e descobre o prazer com um chinês.
A neste caso consentimento da família pelo amante chinês ser rico e alimentar a falta de esperanças desta família que vive de trapos, mas com uma mentalidade de que ainda podem entre aspas tirar algum proveito disso antes que tudo isso acabe, porque isso tem que acabar, porque nem eles se enganam com seu teatro.
Vivem num mundo que é uma vergonha uma adolescente se prostituir principalmente com um chinês, o grande tabu para os dois lados, que também não pode assumir este amor com medo de perder toda sua herança, já que também no meio da sua sociedade não é bem visto este relacionamento.
Uma família sem horizontes que vive preso entre o sentimento de ódio e desprezo que um tem pelo outro.
No final temos o ápice do romance é a destruição dos amantes quando está chegando o momento de despedida para os bem dos dois, lembra muito uma poesia de Drummond que fala como o Amor é cruel na cabeças de amantes.


Muito bom o livro, vale a leitura.


Henrique Rodrigues Soares - Imagem do Filme Homônimo do Livro.
Resenha do Livro "O Amante" de Marguerite Duras.
Editora Nova Fronteira - Tradução: Aulyde Soares Rodrigues - Literatura Francesa

segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

83 anos do Gigante do Nordeste! Avante Bahia!

















Não tem como passar em branco, os 83 anos do gigante tricolor nordestino.
O Bahia continua sendo o maior clube da parte norte-nordeste do Brasil, pelo menos em títulos renomados, apesar da fase difícil que tem vivido, como esquecer da equipe que venceu o Santos de Pelé em 1959 pela antiga Taça Brasil (contado como Campeonato Brasileiro da época).
Também aquele time de Bobô e Cia. no Brasileirão de 1988, como esquecer?

Fundado em 1 de janeiro de 1931 por jogadores das equipes Associação Atlética da Bahia e Clube Baiano de Tênis que fecharam seus departamentos de futebol, nasce o Esporte Clube Bahia.  Esses dois clubes anteriores representavam a alta sociedade baiana, que suas desistências deixaram o legado de construir o clube mais popular do estado da Bahia.

Seu mascote o Super Homem foi adotado nos anos 70, quando o filme do Superman estourou nas telas do cinema, e até porque o Bahia era famoso como o Tricolor de Aço, ou Esquadrão de Aço.  O desenho final foi feito por Ziraldo em 1988.

Duas das principais  Torcidas organizadas: Bamor e Povão.
Sua casa: Estádio Otávio Mangabeira (Arena Fonte Nova, hoje reconstruída) e o Estádio Governador Roberto Santos (Pituaçu).

Seus principais jogadores: o goleiro Nadinho, o meia Mário e os atacantes Marito e Alencar da equipe de 1959, Bobô, Zé Carlos e Paulo Rodrigues de 1988, e outros como Carlito, Douglas, Charles e Luiz Henrique.

Seus principais títulos:
2 Campeonatos Brasileiros - 1959 e 1988.
2 Copa do Nordeste - 2001 e 2002.
1 Torneio Campeões do Nordeste - 1948.
3 Taças Norte-Nordeste - 1959, 1961 e 1963.
44 Campeonatos Baianos.

Parabéns Imensa Torcida do Tricolor de Aço!



Henrique Rodrigues Soares - Imagem da Internet.




quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

A Cruz e o Punhal























No fim de semana passada tive o prazer de assistir este clássico do cinema, que circulou nos anos 90 em clubes e igrejas evangélicas. Incrível que pareça, só agora pude assistir, e apesar de ser um filme gospel foi feito com ótima qualidade, apesar das brigas de gangues serem um pouco teatrais, ficou como ápice o papel da atriz viciada em pico, e o papel de Nick Cruz um dos líderes dos Maus Maus, feito pelo ator Erik Estrada, aquele mesmo do seriado Chips.
O filme é uma obra missionária do discurso protestante, baseado no livro que tem o mesmo nome "A Cruz e o Punhal" que conta a saga do pastor protestante David Wilkerson, e como ele atingiu aquelas gangues com a palavra de Deus em meio á todo aquele cenário de violência em que eles viviam.

Um ótima indicação para quem gosta de um drama, sem preconceitos pela filmografia gospel.  Para quem gosta de filmes baseados em histórias reais.  Para quem gosta filmes de brigas e rivalidades de gangues.



Henrique Rodrigues Soares - Resenha sobre Filmes.


Original:  The Cross and the Switchblade (1970)
drama, missão, pregação, religioso, sofrimento,
Livro de Elizabeth Sherrill, John Sherrill, David Wilkerson
Diretor: Don Murray
Atores: Pat Boone, Erik Estrada e Don Blakely.        

SINOPSE: Conheça a história de David Wilkerson, jovem pastor de uma cidade pequena, que começou uma campanha solitária – e aparentemente condenada ao fracasso. Foi para o submundo de Nova Iorque para pregar o evangelho libertador às quadrilhas de jovens viciados em drogas, maus e violentos daquela cidade.

A princípio zombavam e ameaçavam. Mas, um dia, aconteceu o milagre desejado... líderes se ajoelhavam na rua para orar, enquanto seus amigos observavam quase não acreditando no que estava acontecendo...

"A Cruz e o Punhal" é a história comovente e emocionante do trabalho desse pastor no coração de uma das maiores metrópoles do mundo.

Fonte: http://www.classicosdocinema.com/
Imagem da Internet.

sábado, 4 de janeiro de 2014

O Caminho de Swann
























Lembranças de um mundo que o vento levou.  

Um livro que nos leva a uma França inesquecível, de mundo de camélias e famílias que se honravam por seus hábitos e nomenclaturas que possuíam.
O autor tem uma narrativa descrita as vezes difícil para quem tem pouca kilometragem de leitura,mas é rica em detalhes dos lugares, do tempo, dos costumes, do raciocínio que é uma página fantástica do que Marcel Proust é capaz.
Alguns momentos quando descreve os sentimentos do narrador perante as situações de sua infância, rastros de memórias tão vivos que parece estarmos vendo aos nossos olhos.
O personagem Swann com uma auréa enigmática no inicio, e depois o desnuda com uma propriedade única, sem fazer julgamentos, apenas descrevendo os acontecimentos.
É um romance que destila as nossas mentes diante dos amores inatingíveis, diante de nos acharmos muito forte diante daquilo o que nosso próximo possa nos afetar.
No inicio um livro difícil, que muitos vão abandonar, mas com um desenlace e final dignos da reverência que os críticos dizem de Marcel Proust.


Histórico do progresso de leitura.

Parte final.

"Esta parte final descreve de novo a infância do autor, sua saúde que o proibia de viagens por cidades que ele sonhava conhecer,sua ida a Paris onde ele pode ter sua paixão ilusória pela filha de Swann que para espanto de todos é do relacionamento com Odetty de Crecy. Gilbert sua paixão que em momento algum é reciproco, o autor parece com Swann e sua paixão doentia. No final lembra das diferenças que o mundo vai fazendo nos seus costumes, e deixa um saudosismo declarado pelo tempo que passou." 


Até página 369.

"Parece que chegamos ao final do suplicio do Sr Swann, depois que ele vai a uma das festas sociais que era de costume, mas atualmente tinha deixado de ir, encontra com uma princesa que traz a memória dos seus dias passados aos atuais, a sonata de Vinteuil que o autor descreve com uma sensibilidade fantástica e que mexe com Swann que depois disso começa a enxergar junto com uma carta anônima a vida mundana e leviana que Odetty vivia. Ele a aperta com perguntas maliciosas e inventivas como soubesse de suas mentiras, se machucam, mas com isso se liberta deste amor estranho que tinha tirado o prazer de viver, ela acaba entregando todo seu passado e perdendo toda máscara construída no intimo de Swann. Quando Swann começa a enxerga-la como no começo uma mulher comum que não poderia ter gastado tanto tempo."

Até página 312.

"O que podemos ver é um Sr apesar de conhecedor do mundo das cocotes,do mundo do amor comprado e sustentado, se deixa levar por uma mulher que no inicio lhe era desprezível. Odetty tinha outros amantes, ele já sabia disso, mas era escravo dos seus desejos,e Odetty sabia disso e usava do poder que possuía. Um homem da sociedade burguesa apaixonado por uma cortesã que faltava beleza e quilates de conhecimento." 


Até página 300.

"O Sr Swann se apaixona por Odetty, parece inacreditável, mas acontece, ele descobre que sua amante é sustentada por suas visitas. Rompe com os Verdurins que colocam outros homens no caminho de sua amada, pelo menos no seu entendimento. Fica escravo do seu ciúme, pagando até gafes se espondo cada vez mais diante de tudo e todos. Na sua cabeça pode deixa-la a qualquer momento, porém isso é uma ilusão, pois se torna uma doença o medo de não ser amado por Odetty. Todos homens parecem em seus olhos serem amantes de sua amada, ele perde auto-estima e o nexo das idéias, vivendo uma vida de desconfianças e abatimento. O autor cria situações, mas sempre deixando dúvidas sobre o que é real e o que é irreal." 


Até página 240.

"Depois de uma crise sentimental Swann relaciona-se com Odetty, apesar de ainda a achar sem muitas graciosidades, começa dentro dele criar um laço afetivo de uma necessidade sem explicação." 


Até página 226.

"As noites nas casas dos Verdurin, uma sonata desconhecida desperta no Sr Swann emoções desconhecidas, o leva por dias poéticos de uma paixão que não pode ser mais alcançada, faz ele repensar o seu tratamento com Odetty e a figura que ela representa realmente em sua vida, cria-se até um amor estranho que ele mesmo não consegue compreender."


Até página 199.

"Começa-se a falar da vida misteriosa e amorosa do Sr. Swann, entramos nas vidas de mais personagens como a Odetty de Crecy e o casal Verdurin e os seus estranhos hábitos de reuniões estranhas." 


Até página 183.

"O falecimento de tia Leonie, deixa marcas na sua serviçal Françoise mas do que em toda família, pois seus hábitos, suas manias era como necessidade para sua serviçal. Temos a morte do Sr Vinteuil que desperdiça toda sua vida e seu talento para música por causa de sua filha. O narrador começa os seus passeios sozinho e nisso ver a Srt Vinteuil e sua amante profanarem o nome de seu pai e namorarem, mas o que aparenta que a Srt Vinteuil faz isso sem ser natural, meio como sentimento maléfico, uma doença sem explicações. O autor explica os dois caminhos Méséglise e o de Guermantes com lindas descrições sentimentais, fala sobre o seu fascínio pela Sra Guermantes criando uma aureola sobre sua pessoa. Ele termina o capitulo com uma reflexão sobre o que esses personagens e locais representaram na sua vida e como sempre voltava para tudo isso em alguns momentos de sua vida." 


Até página 150.

"Voltamos ao Sr Swann e seu casamento desigual porém misterioso aos olhos do narrador, ficamos conhecendo também a Srt Vinteuil que havia deixado sua fase infantil e caminhado por amizades tortuosas que seu pai num sentimento de proteção paternal não queria acreditar, mas que aos poucos o adoecia ver que isso era verdade." 


Até página 142.

"Fala-se sobre os caminhos que mudam destinos e concepções das pessoas de sua casa, os caminhos que levam a Combray. Há uma parte que identifica os seus sentimentos que o narrador tem medo de revelá-los, mas tem vontade que se libertem." 


Até página 131.

"Fala sobre um personagem estranho o sr Lengrandin, uma pessoa misteriosa que esconde segredos, tem humor e jeitos estranhos que mudam de acordo com o momento e em que lugar se encontra, e diante de que pessoas. Uma pessoa que aparenta ser séria mas que esconde algumas facetas próprias." 


Até página 114.

"Faz um relato minucioso dos costumes burgueses locais, fúteis mas para eles um diferencial. Descreve bastante os lugares e seus sentidos para o narrador." 


Até página 88.

"Achei interessante na página 86 que ele descreve o mundo dos romancistas e a viagem que o romance faz em nossas cabeças, é charmoso a parte sobre seu tio e as cocotes francesas."


 Até página 63.

"Livro com estilo rebuscado mas que aos poucos estou tentando entender seus personagens, sua época e o lugar."



Henrique Rodrigues Soares
Resenha sobre Livro "Em Busca do Tempo Perdido Vol:1 O Caminho de Swann.
Autor Marcel Proust  - Editora Ediouro Publicações S.A.  - Tradução Fernando Py.
Literatura Francesa.

quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

93 Anos de Glória! Um Céu Azul de Estrelas



















Fundado no dia 02 de janeiro de 1921 com o nome de Società Sportiva Palestra Itália e, com cores que lembravam a bandeira italiana.  Mas, em 1940 com o decorrer da segunda guerra mundial e o posicionamento brasileiro contra o Eixo, o clube recebeu o nome que o tornou esse time de massa com vários títulos e com o uniforme azul amado pela sua torcida.
O mascote Raposa foi criado pelo chargista Fernando Pierucetti, o Mangabeira, no jornal Folha de Minas que logo caiu nas graças de seus torcedores.
Dos imigrantes para o povo, o clube deixou de ser apenas representante da colônia italiana para ser um dos maiores de Minas Gerais.

Sua principal torcida organizada: Máfia Azul
Sua casa: Estádio Governador Magalhães Pinto (Mineirão)
Dono de um dos centros de treinamentos mais modernos do Brasil, que fora construído em 1973, a Toca da Raposa.

Seus principais jogadores: Dirceu Lopes, Tostão, Raul Plassmann, Ronaldo, Renato e Roberto gaúcho, Sorín,  Alex entre outros.
Atual campeão Brasileiro.

Seus principais títulos:
2 Taças Libertadores da América - 1976 e 1997.
2 Supercopas Libertadores - 1991 e 1992.
3 Campeonatos Brasileiros - 1966, 2003 e 2013 (os dois últimos nos moldes atuais).
4 Copas do Brasil - 1993, 1996, 2000 e 2003.
2 Copas Sul-Minas - 2001 e 2002.
1 Copa Centro-oeste - 1999.
36 Campeonatos Mineiros.

Parabéns à imensa Torcida Cruzeirense!


Henrique Rodrigues Soares - Imagem da Internet.