domingo, 27 de setembro de 2009

Dores Negras















Dor que trago no meu peito
e arrasta-me em pranto
Conduz-me ao sombrio leito
tirando meu encanto


Encanto que se apaga
desta vida insépida
Meu corpo naufraga
nesta vida céptica


II
Sou tormento para quem me ama
pois apenas na morte acredito
O resto é poeira e lama
de um sonho épico e esquecido


Me castigo cada instante
e gotas de compaixão cai sobre mim
Sou tristeza prestante
da vida espero o fim


III
Não lastimo das dores que já tive
Mas sim, as que ainda vou sentir
Porém, dor maior não há para quem vive
do que no auge da vida partir
As dores da vida são ferozes
mas nenhuma igual a morte precoce


IV
Ah! Lua como te invejo
Brilhas tanto! Brilhas tanto! Na solidão
E daqui te olho como um desamparado


Lua! Lua!
Queria ser como você
solitária sorrindo
Brilha como uma princesa
dando o mínimo de sua realeza
aos pobres mortais


V
Acordei, com dores no corpo
e na alma
E por isso
esses versos doloridos
chorando letras


VI
este fantasma nos assusta
com seu vulto repentino
como o fim de um destino
de dor tragédias e lutas


ele vem com sua armadura
crua, consumidora e inatíngivel
seus olhos uma luz invencível
corta as barreiras com argúcia
sua passadas são frias, são lentas,
são guerreiras de estrada.


Henrique Rodrigues Soares

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