domingo, 10 de abril de 2011
Coisas que não se falam
Amei tantos corpos
Que não são meus
Amei tantos sonhos
Que não me pertencem
Vivi tantas vidas
Que não são minhas
Sempre buscando
O que eu não sabia
Mas o que quero
E sei que me pertence
Os enganos tive que engolir
Sem deixar marcas do que fugi
E as flores me provocaram um medo
De segurança... De paz...
Daquilo que se perde
Apenas com esmigalhar da vida
Que espera o corpo secar
Do último vestígio de bebida
Para ser levado pela morte
O medo do desperdício
Me atribula
Com o som louco
Solitário
Da noite
Que incendeia meu corpo
Esperando um sinal de amor sincero
E pleno.
Henrique Rodrigues Soares – Romaria Lírica
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