quinta-feira, 4 de novembro de 2010
Canto de Solidão
solitário, e sem ouvintes
caminho falando mentiras
uma voz tonitruante
flui na intensa luta
meus planos inconstantes
meus passos flutuantes
são manual de verdade
nos ocasos os acasos
verdadeiros casos de dor
febres tomam nossos corpos
e vemos tudo como uma única chance
hoje, está tão frio
esta chuva fina
despertando o cio
de quem não tem amor
quantas vezes teu sexo
é maior que o mundo
quantas vezes teus olhos
desejam profundo
um pouco de silêncio
um pouco do imenso
um pouco de morte
quantas vezes tua cama
tua fama, tua lama
dispensas vazias e muitos ratos
a saudade chama...
clama... inflama
por todos os dias
corrói os fatos
são tantos dramas
tão pouca comédia
é calor de epiderme
lágrimas de verme
não me iludo com mimos
no amor sempre se perde
cada rio tem seu morredouro
mas é preciso...
Henrique Rodrigues Soares
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